KINDERGARTEN, O MODELO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE FRÖBEL
- Admin
- 13 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

Friedrich Wilhelm August Fröbel, criador do Jardim de Infância (Kindergarten), em 1840, na cidade de Bad Blankenburg, no leste da Alemanha, já dizia que devemos apresentar 02 objetos às crianças: uma bola e um cubo. Duas figuras geométricas relacionadas ao aprender brincando.
Fröbel dizia isto, porque, para ele, crianças precisam ser cultivadas e cuidadas como as flores em um jardim. Para Fröbel, o essencial para os pequenos é aprender sobre valores como justiça, responsabilidade e iniciativa por meio da vivência. Brinquedos, trabalhos manuais e contato com a natureza são os principais instrumentos para um aprendizado lúdico.
Crianças sentadas e professor de pé, com conteúdo transmitido e deveres de casa, praticamente não existem. A função do "Kindergarten" ou Jardim de Infância é ajudar a criança a desenvolver-se e aprender a se expressar.
Fröbel dizia que é preciso oferecer às crianças uma bola e um cubo, pois são duas figuras geométricas que representam o trabalho que deve ser desenvolvido com as crianças. A bola, por representar a brincadeira e o lado lúdico do aprendizado e o cubo, por representar a lógica e o desenvolvimento do raciocínio, sempre de forma lúdica.
O interessante é o que se percebe por aí, nas escolas de educação infantil, com tendência ao aprendizado de línguas e uma "preparação para o ensino fundamental". No Brasil, as crianças frequentam a educação infantil até os cinco anos de idade. Nesta idade, a criança deve aprender "brincando". O lúdico é a tônica desta faixa etária.
A criança deve exercitar encontrar respostas para os desafios que se colocam na sua frente. Não estar preparada para respostas prontas, mas construir suas respostas e enfrentar situações imprevistas.
Em geral, quando adultos, passamos a conviver em um mundo que vive usando a equação ganha/perde, ou seja: se você não ganha, perde. Isso se aplica em geral à maioria dos jogos e eventos esportivos, eleições, cara ou coroa, apostas, discussões e coisas do gênero.
Quando a gente brinca, porém, existe uma lógica diferente: a lógica do ganha/ganha. A grande diferença é que você não é castigado pelos erros, você aprende com eles. Assim, quando a gente ganha, ganha. Quando não ganha, não perde, a gente aprende.
As crianças conhecem muito bem esta lógica e sabem que brincando é uma ótima maneira de aprender.
Vejamos dois exemplos:
1) Observem as crianças que jogam bola de um para outro, fazem várias brincadeiras, se divertem com ela e, assim, melhoram o
seu futebol;
2) Uma criança no computador. Elas experimentam e testam todas as possibilidades. Logo, logo viram especialistas no assunto. A criança não se importa com todos os "deveria" e imposições.
Não é por menos que os antigos gregos já sabiam que a aprendizagem vem da brincadeira. A palavra utilizada por eles para educação (paidéia) é quase idêntica ao termo usado para brincar (paidia).
Talvez por isto que Platão, um conhecido filósofo grego, pensou: "Qual é, então, a maneira correta de viver? A vida deve ser vivida como uma brincadeira".
Se você brincar, estará aprendendo e vivendo.
Prof. Uwe Roberto Strauss
EDUCADORPONTOCOM Capacitação e Desenvolvimento
www.educadorpontocom.com.br
Comments